Do Blog Interligado (Antenor Ferreira)
A cultura da intimidação e da coação governista Parte II
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Charge ilsutrativa |
Os últimos dias em nosso município têm sido marcados por
vários atos de manifestações das mais variadas formas. Os adeptos
destes movimentos utilizam-se das redes sociais e pequenas reuniões com
funcionários públicos, que apesar dos atos de coação praticados por
alguns chefes de setores, insistem em lutar por seus direitos.
No
atual reino que governa Chapadinha, os servidores tem que rezar
cartilhas da senhora gestora, ou caso contrário dirão adeus a portarias
galgadas durante meses de campanha, carregando bandeiras e gritando aos
quatro cantos “tá tudo belezinha”. Esses, quase unanimemente, mostram-se
insatisfeitos com a atual gestão e solidários a causa destas
manifestações.
Como
já era esperado, o grupo governista tenta a todo custo enfraquecer
estas manifestações que buscam através da mobilização popular a tão
prometida e sonhada mudança política. O que hoje podemos confirmar é que
o que foi dito em palanques, tratava-se tão somente de mais
uma utópica promessa de campanha, muito longe de ser cumprida.
Dentro
desse contexto temos alguns dos integrantes da guarda municipal que
após denunciarem nas redes sociais as precárias condições estruturais
que estão submetidos como: falta de fardamento, tonfas, algemas, número
insuficiente de rádios comunicadores, reajuste salarial da categoria,
estrutura funcional definida em lei e a prática de algumas
arbitrariedades por parte do atual comandante.
Como
forma de resguardar a imagem de um governo “competente
administrativamente” e garantir seu cargo, o senhor comandante, tratou
logo de tomar as “medidas administrativas” que, logicamente, regem a
cartilha da gestora.
Após
tomar conhecimento pelo então secretário de Educação Francejane que os
professores e funcionários de algumas escolas estavam sofrendo com as
ações de usuários de drogas durante as aulas, o senhor comandante tratou
logo de botar sua mente maquiavélica em ação. Uniu o "útil ao
agradável", visto que segundo informações em uma conversa com o senhor
secretário de administração Ilmar Mota, o então comandante teria dito
dias antes dessa informação que os GCM’s responsáveis por essas
denúncias estariam “contaminando o restante da tropa”. E Como forma de
“purificar” o ambiente na sede da guarda municipal, ele pediu ao
secretário que elabora-se um oficio solicitando seis guardas municipais
para trabalharem nas escolas onde segundo o secretário de educação
estariam ocorrendo tais problemas.
Com
o oficio em mãos tratou logo de indicar os sentenciados. O mesmo estava
tão entusiasmado com a ideia de remover os revoltosos da sede da guarda
municipal e lota-los em uma escola, que se quer levou em consideração
as competências do guarda municipal, sua forma de atuação, bem como sua
solicitação logo que assumiu o comando da instituição, para que os
guardas lotados em escolas fossem devolvidos a sede da guarda municipal,
sobre a alegação de falta de contingente, e de que estavam sobre desvio
de função. Solicitação esta prontamente atendida e fundamentada pela
prefeitura, bem como o acordo firmado por intermédio de sua pessoa com a
prefeitura onde previa a escala de 24 horas de trabalho por 96 de
descanso, visto que o edital previa 30 horas semanais.O que se questiona
não é a atividade a ser realizada nas escolas e sim a lotação dos
guardas nas escolas, visto que o edital prevê que este serviço deverá
ser realizado em forma de rondas, sem contar que atualmente a guarda
municipal possui um déficit de aproximadamente oito guardas por equipe
para realizar as atividades diárias.
Quanta
contradição arrolada nesta lambança, cujo intuito é única e
exclusivamente fazer prevalecer à hierarquia de um comandante que pensa
que ainda estamos em pleno regime de ditadura, onde os militares detém o
poder no estado. Ou, quem sabe, deve está sofrendo de alguma terapia
regressiva mal sucedida.
Pobre
serviçal. Alguém precisa avisá-lo que a sua guerra acabou e é hora de
pendurar suas estrelas em uma parede e recordar suas mazelas e feitos
durante sua carreira militar em uma cadeira de balanço.
E
como o comandante da referida instituição pode ainda não está
satisfeito, creio que o próximo passo será solicitar o corte dos
adicionais de risco de vida, compensação orgânica e adicional noturno do
salário dos seis guardas indicados pelo comandante.
Quando
questionado pelos “indicados” quanto ao critério utilizado na escolha
dos GCM’s, o comandante respondeu em alto e bom tom: “é uma questão
pessoal minha”. Indignados com a medida arbitrária tomada como caráter
punitivo e com o intuito de coagir os demais, diante desta situação os
demais integrantes em solidariedade aos GCM’s indicados fizeram um
abaixo assinado contra a remoção dos companheiros, da sede da guarda
municipal, que foi assinado por todos os guardas efetivamente em
serviço.
Veja imagens do abaixo assinado:
Atrelado
a este ato foi protocolada uma ação com pedido de relocação por desvio
de função, bem como uma denúncia no Ministério Público com todas as
assinaturas dos Guardas que compõem a instituição.
Tal
atitude deixa claro o retrocesso à democracia e a liberdade de
expressão imposta pela atual gestão do município de Chapadinha, onde os
funcionários que não andam com o polegar pra cima são coagidos a
pretexto do uso do poder de discricionariedade, poder este que segundo a
lei deve ser acompanhado da impessoalidade do ato, coisa difícil de ver
nos atos administrativos de alguns chefes de setores desta atual gestão
“competente e administrativa”.
Fonte: http://alexandre-pinheiro.blogspot.com.br/search?q=GUARDA+MUNICIPAL