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terça-feira, 13 de março de 2012

DESCRENÇA E IMPUNIDADE LEVAM CIDADÃO NÃO REGISTRAR CRIMES

OFICINA DO CRIME. Baixa notificação de furtos preocupa policiais - ZERO HORA, 13/03/2012

O caso do furto das quatro rodas de um C3, ocorrido domingo no bairro Menino Deus, chama a atenção para a ação de ladrões em Porto Alegre e também para um problema de comunicação: apesar de proliferarem naquela região, esses delitos têm baixa notificação. A própria dona do carro não tinha registrado até ontem a ocorrência.

A psicóloga Márcia Rosane Barcellos, 48 anos, não foi encontrada por ZH para explicar por que não fez o registro. Policiais da 2ª DP tentam convencê-la a registrar e também a depor, na quinta-feira. O carro de Márcia foi depenado a céu aberto por volta das 7 horas de domingo, às claras. A ação durou 15 minutos. Os ladrões romperam os cabos de bateria (desativando o alarme), ergueram o veículo com auxílio de dois macacos e levaram as quatro rodas.

O furto é considerado incomum pelos policiais, que estão atrás de pistas da quadrilha. O delegado regional de Porto Alegre, Cleber Ferreira (responsável por todas as delegacias de bairros da Capital), pediu a colegas que investiguem duas quadrilhas que costumam “depenar” veículos desta maneira. Uma atua nas imediações do aeroporto Salgado Filho. A outra, no Extremo Sul da cidade, entre a Lomba do Pinheiro e a Restinga.

– É provável que, diante do aperto nas outras regiões, tenham migrado para o Menino Deus – raciocina.

Ferreira promete para breve operações contra os ladrões que atuam nos bairros da área central da cidade.

Levantamentos evidenciam descrença de vítimas

A delegada Carmen Regio, da 2ª DP (Menino Deus), diz que 20 casos de furto em veículo foram contabilizados em 40 dias na região. O índice não é considerado alto, mas ela admite que muitos moradores hesitam em comunicar os crimes – por temor de represálias ou por acharem que não vai adiantar nada:

– Mas precisamos que comuniquem, até para que tenhamos noção de como e onde agem os ladrões.

Realizados em 2004 e 2009, dois levantamentos coordenados pelo especialista em Segurança Pública Marcos Rolim demonstram que o furto é um dos crimes menos notificados na Região Metropolitana. Em Alvorada, apenas 21% das vítimas entrevistadas registrou o crime. As pesquisas evidenciam que muitos desistem de notificar por acreditar que a polícia não fará nada para solucionar o delito.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - As pessoas sabem que os esforços dos policiais são inúteis diante da impunidade dos crimes no Brasil, e não acreditam na justiça brasileira. Por este motivo deixam de registrar, até porque sabem da burocracia e falta de segurança que enfrentam as vítimas de crimes em processos morosos e diante das ameaças de uma bandidagem que são ousados, cruéis e não temem a pena, que ficam livres logo em seguida beneficiados pela leis benevolentes criadas no Congresso Nacional e por uma justiça indiferente e cheia de mazelas. Ainda mais em crimes de menor potencial ofensivo, quando a bandidagem é solta antes da vítima e o policial condutor prestarem queixa e depoimentos.


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