
AE/Fernandinho Beira-Mar teria topado gravar um
vídeo contra o crack
Alguns dos principais chefes do tráfico no Rio de Janeiro, como Luiz
Ferrnando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar , Antônio Francisco Bonfim Lopes, o
Nem da Rocinha , e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP , teriam aceitado
participar de uma campanha contra a venda de crack nas favelas do Rio de
Janeiro.
O projeto, chamado de "Anjos Contra o Crack", é organizado pela
ONG Instituto Anjos da Liberdade. A presidente da instituição, a advogada Flávia
Pinheiro Fróes, que defende vários criminosos, disse ao iG que foi até as
penitenciárias federais de Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO) e cadeias no Rio
e estaduais onde os traficantes estão presos para conversar sobre a campanha e
recebeu grande adesão. Ela disse ter pedido autorização da Justiça para que os
detentos participem do projeto.
Segundo Flávia, a participação dos chefões do crime na campanha seria por
meio de um vídeo onde eles gravariam mensagens de repúdio ao crack ou, então,
uma foto para cartilhas que serão distribuídas na cidade.
De acordo com a
advogada, um dos mais entusiasmados com a ideia é Fernandinho Beira-Mar, que
está preso em Porto Velho. Segundo Flávia, ele aceitou gravar. Outro que teria
topado fazer um vídeo é Marco Antônio Firmino da Silva, o My Thor, suspeito de
ser um dos líderes do Comando Vermelho (CV).
Flávia afirmou que outro
traficante, Márcio Lima da Silva, o Tola, vinculado ao Terceiro Comando Puro
(TCP), preso no Rio, será uma espécie de "garoto-propaganda" da campanha porque
foi usuário do crack e também topou gravar. Em relação ao traficante Nem da
Rocinha, que está no presídio federal de Campo Grande (MS), a advogada ainda não
sabe se ele aceitará gravar ou fazer foto.
"A nossa ideia é que os presos
gravem mensagens dizendo que são contra o crack, que o crack faz mal. Buscamos
adesão não só de líderes das favelas, mas também de outras pessoas que possuem
carisma e influência dentro das comunidades. As imagens deles serão importantes:
se já convencemos esses aqui, por que vocês não?", disse.
Na Justiça do
Mato Grosso do Sul, o pedido para a participação dos presos na campanha foi
protocolado, mas ainda está sendo analisado. Em Rondônia, o juízo da 3ª Vara
Federal não quis se manifestar. O Tribunal de Justiça do Rio informou que o
assunto foi remetido para parecer do Ministério Público.
O Depen
(Departamento do Sistema Penitenciário), órgão que administa os presídios
federais, informou ainda não ter sido notificado sobre a
iniciativa.
Informações IG.COM
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