Fonte:Bocão News
Quem
não presenciou os momentos de pânico e terror ocorridos no ano de 2001,
na greve da Polícia Militar da Bahia (PMBA), deverá viver em 2012. É o
que afirma o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado
da Bahia (Aspra), soldado Marco Prisco. “Não é o nosso objetivo
implantar o terror no estado, mas, como qualquer categoria, estamos
cobrando o que nos é de direito. E, por não estarmos sendo recebidos,
temos que ir até as últimas conseqüências”, disse o presidente.
Prisco, que também é diretor da Associação Nacional dos Praças
(Anaspra), estabeleceu a assembléia geral da categoria, marcada para o
próximo dia 31 de janeiro, às 15h, no Ginásio dos Bancários, como prazo
limite para o Governo do Estado se manifestar em relação as pautas de
reivindicações da categoria. “Durante a concentração com os policiais,
iremos colocar para a categoria a postura do governo, e decidiremos o
que deverá ser feito. Mas, posso adiantar que, pelo andar da carruagem, a
situação não está boa”.
A Anaspra espera repetir na Bahia as mesmas ações, consideradas
vitoriosas, de outros estados. A PM cearense paralisou as atividades no
dia 29 de dezembro, e após uma semana – 4 de janeiro – encerrou a ação. A
categoria conseguiu negociar com o governo. A mesma metodologia foi
adotada A Polícia Militar do Estado do Pará que suspendeu na noite do
último dia 19 de janeiro, em assembléia, a ameaça de paralisação. A
categoria negociou com o governo melhorias salariais e alcançou ainda a
criação de um decreto, que oficializa uma permanente mesa de negociações
entre o Estado e os militares.
“O desejo de todos nós é que não ocorra a paralisação, com indicativo
de greve. Mas, infelizmente, o governo brasileiro só resolve negociar
quando fazemos ameaças e concretizamos estas ameaças”, disse Prisco.
Quando questionado das chances reais de paralisação o diretor da Aspra
foi enfático: “99% de chances de paralisação, 1% de chances do governo
nos atender”.